segunda-feira, 30 de março de 2009

Wallace and Gromit: a matter of loaf and death...

Vejam, vejam... é para miúdos e graúdos...
Fabuloso como todos os outros... :)

Work life balance...



Não tenho aparecido aqui pelo meu cantinho porque os últimos dias têm sido muito duros em termos de trabalho... deadlines a apertar...

E isto tem-me feito pensar naquele chavão que aí anda sobre "work life balance", e os modelos de sustentabilidade e responsabilidade social das empresa e afins...

A verdade é que trabalhar, ou seja não ter apenas 1 emprego, ter 1 vida profissional activa, ter aquilo a eu gosto de pensar que é uma carreira... ou seja um trabalho do qual gosto e que me realiza, que me entusiasma por 1 série de razões... e conciliar essa vida profissional com 1 vida familiar equilibrada é muito, muito díficil...

É que dá tudo muito trabalho... mesmo muito trabalho... o trabalho (pela sua própria definição...) dá trabalho e quando nos entregamos a uma coisa não é fácil abstrairmo-nos... se passo o dia a tentar resolver 1 problema, como é que apenas por entrar no carro me desligo imediatamente desse problema e me concentro noutro problema qualquer (o quê para o jantar? lavar roupa que os miudos já não têm bibe lavado para o dia a seguir?...)... Como?

E depois a vida familiar também dá muito trabalho... há 1 parte que dá trabalho que é a da logística familiar (tarefas domésticas, horários, supermercados, empregada, etc...) e depois a própria vida familiar também dá trabalho... dá trabalho ter paciência para aquela birrinha que vem antes do banho, dá trabalho ter 1 conversa interessante com o outro cá em casa, dá trabalho ter energia para as mil e 1 coisas que gostamos de fazer... às vezes apetece apenas ficar no sofá 1 bocadinho, quietinha sem ninguém por perto... sem ser suposto estar a fazer nada... apenas a estar... a existir...

Falo do trabalho que as coisas dão... não porque não goste delas... mas porque significa que temos que nos entregar às coisas... é a única maneira de funcionar e nos sentirmos mais plenos, mais completos...

Falo em trabalho, não para me queixar... mas porque é mesmo assim... as coisas dão trabalho...

Se não nos empenhamos a relação com o outro não funciona... caímos no silêncio, na rotina... Se não nos empenhamos os nossos filhos sentem isso e afastam-se... Se não nos empenhamos os amigos vão-se... afinal é tão fácil acabar por não ter tempo para eles... Se não nos empnhamos no trabalho as coisas não aparecem feitas... e não nos sentimos bem connosco...

Qual é que é o problema? O problema não é o empenho... é o equilíbrio entre tudo... é definir fronteiras... e normalmente o trabalho trabalho invade a vida familiar... e qual é a regra para saber quando já estamos a dar demais à empresa? Que regras podemos nós estabelecer? Que limites podemos nós definir?

Decidir que depois das 7 não trabalhamos mais? Que objectivos podemos traçar? Que indicadores podemos medir?

Ler 1 livro por mês?
Brincar com os G´s 2 horas por dia?
Almoçar 2x por semana com amigos?
Ver 1 filme por semana?
Trabalhar apenas (e cumprir!) 8 horas por dia?

Ou continuar tudo como está... sentir-me muito cansada de vez em quando e vir até aqui e escrever sobre isso?...

quinta-feira, 19 de março de 2009

Dia do pai... dia do meu F.


Hoje foi o dia do pai...
E o meu é muito bom. E só espero que esteja por muito perto para ver crescer os G's.
E agora há mais um pai na minha vida. O pai dos G's. O melhor pai do mundo! Eu sei disso... e eles tb...



sábado, 14 de março de 2009

Adopção e a diferença...

A Internet é uma coisa fantástica, não é?

Há 1 forum que frequento com alguma regularidade. É sobretudo frequentado por pessoas que já adoptaram, foram adoptadas ou querem adoptar e é muito útil porque permite-nos trocar experiências com pessoas que enfrentam todos os dias os mesmos desafios que nós... Para além de que conhecemos outras pessoas...

E é isso que anda a acontecer nas últimas semanas... Num outro fórum (que frequento bem menos) fiquei a saber de mais uma história feliz de adopção. Um casal, que por acaso vive aqui bem perto, está a adoptar neste momento (e por este momento leia-se que hoje é o 1º dia completo que as crianças vão ter com os pais) dois irmãos, um menino de 5 anos e uma menina de 2 anos. Quando li os relatos de felicidade daquela nova mãe identifiquei-me com quase tudo e relembrei-me do nosso verão do ano passado.

Não é fabuloso? Mais duas crianças que saíram de uma instituição. Mais 2 crianças que vão ter tudo o que merecem nesta vida. Mais 2 irmãos que não foram separados. Mais um casal que vai realizar um sonho. Mais um casal que se está literalmente nas tintas para o facto de os filhos deles não terem a mesma cor que eles...

Fiquei mt feliz por todos! E desejo-lhes as maiores felicidades!

Estes 2 fóruns que frequento regularmente são bem diferentes um do outro... Num falar de raça ou cor é quase um tabu. Há pais e crianças que sofrem na pele algum tipo de discriminação todos os dias e se insurgem (muito e fortemente) contra quem acha "normal" apenas querer crianças de raça branca. No outro há muitas pessoas que sonham com 1 criança que seja o mais parecida possível consigo (e também o mais bebé possível), enfim que seja o filho biológico que muitas não puderam ter...

Sinceramente... o tema da raça vai-me aos nervos. Não me parece que deixar de falar em raça faça sentido (como alguns acham no 1º fórum que falei). Não sei se raça é a designação mais correcta, mas também não me parece muito relevante. Raça é uma expressão que todos entendem e por isso a utilizo. Por isso e porque não a sinto como ofensiva. Também não me parece ofensivo dizer preto ou negro da mesma maneira que digo que sou branca.

Acho que a grande questão sobre este tema da raça... é a diferença. É que dizer que alguém é de outra raça é sobretudo dizer que essa pessoa é diferente. Da mesma maneira que são todos os asiáticos, os latinos, os europeus, etc... E a questão é que dizer a alguém que é diferente normalmente não é um elogio. E aí é que está o problema...

É que ser diferente é bom. É muito bom. O problema era se fossemos todos iguais. Com o mesmo aspecto, com a mesma roupa, com as mesmas ideias, a ouvir a mesma música, a sermos, enfim, iguais... Isso é que me parecia um problema grande.

Eu sou diferente. Eu ainda não encontrei ninguém igual a mim. Todas as pessoas à minha volta são diferentes.
E ainda bem! Porque isso é que as torna únicas!

E você é diferente?


sexta-feira, 13 de março de 2009

Dark was the night


Ouçam, ouçam... são todas tão, tão boas... tenho ouvido até à exaustão...

quinta-feira, 12 de março de 2009

Gran Torino



Brutal... Como é que ele aos 78 anos continua a conseguir dizer "get off my lawn!" de forma tão ameaçadora como "make my day!"?

O filme é de uma crueza e contenção incrível!
Só muitos anos e um talento fabuloso o deixam fazer filmes assim. Provavelmente o único realizador e actor a saber de facto envelhecer, a desempenhar papeis para a sua idade, com os desafios inerentes a ela...

Não percam!

Tenho pena. Tenho muita pena... ele um dia destes morre... e como é que eu já cheguei aquela fase da vida em que morrem os nossos ícones?...

terça-feira, 10 de março de 2009

fazer amor...

Chegámos à escola e estava pendurado lá num dos cacifos um DVD do Bana e Flapi... Fica o Gu a olhar para o DVD com 1 daqueles ares bem ratola... e pergunto eu: "O que foi?"... ao que ele responde com o sorriso mais malandro que conseguiu fazer: "Estão a fazer amor..."!!!!????

Onde ouviu o pequeno semelhante coisa???

ai, ai, ai... o que me espera :)

domingo, 8 de março de 2009

Casamento entre homosexuais e a adopção


Este fds num jantarzinho de amigos começou-se a discutir o casamento entre homosexuais e o tema da adopção por homosexuais... Havia opiniões diversas na mesa, que variavam entre o totalmente a favor e o nem pensar, que isso de não dar 1 lar "normal" e bem aceite pela sociedade a uma criança não faz sentido nenhum... ou até porque dar a umas crianças um lar "normal" e deixar que outras tenham direito a "menos" (leia-se por menos um lar com homosexuais - sacrilégio!!!!)?

Acho que este tema do "menos" é uma boa forma de resumir a minha posição sobre o assunto... É que o que as crianças mais têm numa instituição são coisas a menos... Por muito bem que sejam tratadas, têm coisas a menos... aliás nem sequer têm coisas só delas (brinquedos, roupa, quarto, espaço, etc).... têm sobretudo amor a menos, afecto a menos, contacto físico a menos... logo se surgir alguém na vida dela que lhe possa dar o amor, carinho, afecto que ela precisa e merece (e já agora também algumas outras coisas para que ela as possa chamar de suas), porque não?

Porque é homosexual? Bisexual? So what? O que tenho eu a ver com vida intíma de cada um?

Será que a partir de agora os candidatos singulares à adopção têm que declarar as suas preferências sexuais para serem aprovados?

Sou totalmente a favor do casamento entre homosexuais... pela simples razão que cada um deve decidir com quer casar de livre vontade. O casamento é um contrato, só isso. Assim, cada um casa com quer... e um dia qd as coisas correm mal e um morre, ou se querem separar não há dramas... porque existe um contrato que regula essas situações...

Se essas pessoas querem ter filhos... perfeito... óptimo. Temos que zelar pela taxa de natalidade do país (e pela nossa reforma, certo?).
Se os decidem adoptar? Perfeito! Consequem dar-lhes 1 lar? amor, afecto, carinho? sim! Então porquê deixar crianças numa instituição qd existem pessoas capazes e dispostas a dar-lhes o que mais precisam?

Questões religiosas? Sobre isso falarei noutro post... mas tenho cá 1 feeling que deus não é 1 velha alcoviteira que anda de cama em cama a ver quem lá está e a fazer o quê...

quinta-feira, 5 de março de 2009

Sigur ros


Hoje sinto-me assim...

quarta-feira, 4 de março de 2009

Adopção

Acabámos de assinar a petição a requerer a adopção plena dos G´s. Esta petição vai ser enviada para o Tribunal e esperamos dentro de poucas semanas conseguir audiência que decrete formalmente os G's como nossos filhos.

Vai ser bom formalizar no papel uma coisa que já sentimos...

Não tem sido um caminho fácil, este o da adopção, mas estamos quase, quase lá...
(foto retirada da net)

segunda-feira, 2 de março de 2009

1 nova amiguinha para os G's...



Em breve, a nossa amiga AS vai poder complementar a figura do lado...

É que o T. vai ter 1 mana e os G's 1 amiguinha nova... Ficámos mt felizes! Parabéns!


Slumdog millionaire


Pois é... toda a gente fala no filme e o que posso dizer é que adorei...
Gosto do Danny Boyle desde o Transpotting e gosto que o realizador do Transpotting tenha ganho 1 Oscar em Hollywood.

Gostei da fotografia do filme, adorei a banda sonora e a forma como o realizador bebeu de Bolywood a utilização da música nos filmes, gostei dos actores: o olhar sincero de Dev Patel, a mt bonita Freida, a belíssima interpretação do irmão do Jamal na fase mais nova, gostei do argumento e do ritmo que o D. Boyle imprimiu ao filme e claro adorei a simplicidade da história e a história de amor subjacente.

Gostei tanto que até já vi o filme mais do que 1 vez... e isso a sério, mt a sério só me tinha acontecido com o Drácula do Coppola (que vi 4 vezes no cinema), mas na altura tinha 18 anos, estava tremendamente apaixonada e a ideia de 1 amor que atravessava séculos era demasiado tentadora para não me deixar arrebatar (além de que o filme era mt bom!).

Mas gostei do Slumdog sobretudo porque retrata exactamente a imagem que tenho da Índia... e como ando mortinha por voltar a viajar fiquei cheia de saudades...
A miséria, a pobreza imensa, a fome, os meninos de barriga inchada (que nunca tinha visto antes, nem em África), a intensidade dos cheiros, as ruas apinhadas, a forma como abanam a cabeça para dizer que sim, as ruas vibrantes e sobretudo o optimismo que se sentia nas pessoas...

Sentia-se nas pessoas o GDP a crescer 7%/ano (qd nós crescíamos 1% a 2%). "O meu filho está a estudar computadores. Vai ganhar 500USD/mês...". A construcção galopante e descoordenada. Os anos de colonização inglesa, a globalização e o payback time que anunciam. O " pacifismo hindu" e a polícia a guardar as mesquitas. A convivência pacífica com os muçulmanos e o rosto dos deuses hindus mutilados pelos muçulmanos. Uma sociedade pacífica e " espiritual" e o sistema de castas e a segregação social. A magreza das pessoas em Mumbai, nos slums, e os indianos gordos no resort em Goa... A Índia que dão aos turistas para ver e as embalagens minusculas de pastas de dentes (qt + pequeno, menos custa, + pessoas compram...). Os anúncios no jornal: "por favor não mate a sua filha...".

Um país fabuloso de muitos contrastes mas acima muito vibrante, a crescer muito, muito colorido, com pessoas cuja maior ambição na vida é ter 1 relógio...

E gostei do filme por isso... por me lembrar tudo isso e por retratar tudo isso muito bem... não por de facto ser 1 filme assim tão brilhante... muito bom mas não brilhante...

Dos outros para os Oscares, ainda só vi o Estranho Caso de Benjamin Button... e não fosse ele demasiado longo e com uns pastiches lá pelo meio pouco dignos do David Fincher e teria preferido muito mais...

E o Revolutionary Road? Esse sim! A não perderem!